terça-feira, 21 de julho de 2015

A vida é descobrir que tem asas

Um dos princípios básicos para uma vida plena e feliz é ir além do vício da preocupação. A preocupação é um veneno para a consciência, deixa os pensamentos nebulosos, estimula a negatividade e dificulta a criatividade. Preocupação pré ocupa a mente com medos, anseios e expectativas que embotam a ação criativa e edificante. Nos momentos de crise é necessário uma mente clara e límpida, como um cristal, para refletir a luz salvadora; uma sensibilidade e intuição aguçadas, como uma corda de violão afinado, para reverberar com os sussurros dos anjos e um olhar perspicaz, como uma águia, para ver as novas oportunidades. As qualidades e potenciais internos unidos serão a base de uma nova edificação.

A vida é composta de ciclos de vida e morte e a evolução ocorre justamente nestes momentos. A mente resiste, teme o desconhecido, e reage com agressividade ou com encolhimento e depressão. A tristeza e o desespero mostram sua face diante da crise e iminente destruição. Mas algo está prestes a despertar. Um novo ser, uma nova vida, um novo projeto, enfim, algo totalmente novo. A minha interpretação da carta do tarô ‘A Torre’ simboliza, metaforicamente, justamente o momento em que pessoas com medo saltam de uma torre em fogo prestes a desabar e, enquanto caem assustadas, descobrem que tem asas.

Confia. Confiança não é algo que se ganha, que se prova, que se merece, é algo que simplesmente é. Algumas pessoas dizem: você deve ganhar minha confiança, e assim ficam testando o novo namorado, marido, esposa, amigos, filho, chefes.... assim fazem com Deus também. Mas confiança não é algo que deve ser provado, é algo que simplesmente existe. É acreditar na vida, no amor, na abundância, na felicidade e na evolução necessária à alma. Existem lições que devem ser aprendidas, degraus que devem ser galgados, provas que devem ser realizadas para que o cume mais alto da montanha seja alcançado. Na vida não há teleféricos que sentados nos levam para o alto, a montanha deve ser escalada com afinco e persistência e, consequentemente, os obstáculos vão sendo superados.

O momento de crise já é desafiador o bastante para colocar mais peso, solte a preocupação. Conserve energia para essa jornada, será necessária para a escalada. Confie. A vida está pronta para te amparar. Isso não significa que a torre não irá queimar, talvez isso seja necessário, mas significa que nessa queda você poderá descobrir que tem asas.    

(Figura: Crop Circle encontrado na cidade de Goes,no sul da Holanda, em 2009)

terça-feira, 16 de junho de 2015

A Alma e Eu

Não há palavra mais intrigante, e que se difere de todas as demais, do que justamente o pequeno pronome EU. Qualquer outro pronome pode ser dito por qualquer pessoa ao objeto específico que se refere. Mas
‘eu’ só pode ser utilizado quando dito pela própria pessoa, e se não for dessa forma não faz nenhum sentido. Nunca a palavra eu pode ser dirigida, mas sim, sempre como uma referência a si mesmo.

“Eu sou um eu apenas para mim, para todos os demais eu sou um tu, e cada outro é um tu para mim.”       (R. Steiner) 

Esse fato é a expressão exterior de uma profunda verdade: a verdadeira essência do eu é independente de tudo que seja exterior. O Eu se refere ao que há de mais sagrado dentro de nós, e somente no centro mais puro da consciência é que o eu é revelado. “O Deus que habita no homem fala quando a alma se reconhece como Eu.” (R. Steiner). Essa é mais pura representação do grau elevado que a natureza humana pode alcançar.

Mas que seja esclarecido que o pronome em si não tem poder de elevar a natureza de ninguém. Desvendar o eu é um trabalho de perseverança e coragem. Retirar as máscaras e condicionamentos, desnudar a personalidade e retirar os véus das ilusões egóicas... são tantos os fatores que mantem a essência dormindo, anestesiada por tantos hábitos, vícios, comportamentos robotizados e identificações.


Despertar é para os bravos, aqueles que já perceberam que existe uma falta, um chamado interno, uma eterna pergunta: Quem sou Eu? 


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A singularidade do Espaço-Tempo


Dividiram o espaço em quilometros e o tempo em horas. Medidas exatas para conceitos tão subjetivos. A qualidade tangível do espaço-tempo torna-se intangível ao se deparar com a singularidade com que cada momento é vivenciado. Quando distantes de uma pessoa amada, por exemplo,  o tempo passa devagar e a distância parece enorme, e quando próximos desta mesma pessoa  o tempo  voa. Nos momentos de crise o tempo parece parar, duradouro e persistente. Costumeiro usar os termos Sempre e Nunca nestes períodos. Parece que nunca vai passar, que está durando para sempre e que nunca mais as coisas serão como sempre foram.

Denomino isso dimensão do Nunca e do Sempre. Dimensões ilusórias diante da invariável e constante mudança da vida. São estas as dimensões que tornam  penosas, as já difíceis, situações de crise. Todo os momentos de crise, seja provocado por uma mudança de etapa de vida ou por uma dor física ou emocional, alteram a percepção do espaço-tempo gerando ansiedade e angústia. O tempo parece não passar, ou ao contrário, que está passando rápido demais diante da vagarosidade da reabilitação. A distância entre onde se quer estar e onde se encontra parece enorme e a trajetória parece longa e dura. O medo que a mudança de estado nunca ocorra, ou que para sempre a situação perdure, altera a percepção da realidade e influência intensamente a forma como a crise será encarada.

Diante da inexorável verdade de que, tudo que é vivo muda constantemente, é necessário praticar a serenidade diante dos acontecimentos da vida. Um olhar sereno e calmo diante de situações  de crise pode tornar a percepção dos fatos mais realista. Como também um olhar atento e presente aos momentos prazerosos pode tornar os momentos e as memórias dos mesmos mais vívida e intensa. A consciência da subjetividade da percepção do espaço-tempo  torna possível percebê-los de uma maneira mais saudável. O tempo não passa mais rápido, nem mais devagar, diante da tristeza ou felicidade, o que muda é a forma de percebê-lo.  A entrega  aos momentos prazerosos e a consciência da impermanência na dor, podem trazer uma possibilidade de experimentar o epaço-tempo de uma maneira consciente e serena. 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Alquimia Mental

Forma Geométricas Sagradas
Por que alguns vícios parecem intransponíveis? Algumas obsessões recorrentes? 

Parece haver uma parte de nós mesmos que se recusa a cooperar. Comum cair em erros quando ainda os são inconscientes. Difícil é compreender a dificuldade de sair destes círculos viciosos mesmo tendo consciência. 

A consciência é o ponto fundamental para o início de qualquer trabalho de alquimia, todavia ela, por si só ,não sustenta a força para a mudança. O que sustenta a força de ação?

Além de reconhecer a existência de um espaço obscuro dentro de si e de iniciar o processo de auto observação e lembrança de si mesmo é necessário algo além. Um senso de conexão deve ser criado, o sentido da vida expandido, o processo de individuação iniciado.

Em diversas filosofias e tradições, a meditação é utilizada como recurso fundamental para o aquietamento mental fundamentalmente necessário para a possibilidade de criar um espaço vazio dentro da mente. Isso é tudo que é necessário. Pois este é o terreno fértil para brotar a semente da plenitude.

O trabalho de Visualização é basicamente o poder da meditação concentrado num objetivo. Um vazio direcionado. Uma energia de força mental para o objetivo, sem criar expectativas de como isso deve exatamente ocorrer.
O trabalho de Alquimia Mental é transformar o pensamento em ação criativa e criadora.



www.mariebize.com.br

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Flash da Força

Não há nada melhor que começar o ano com metas e atitudes positivas. Antes falava-se muito de pensamento positivo e, alguns céticos da Lei da Atração se apegam a isto para realçar suas críticas. Dizem que pensar positivo equivale viver como Poliana, ser ingênuo e bobinho no mundo rápido e fatal. Aquele que acredita que a lei da atração é somente pensamento positivo irá se decepcionar. Como Aldo Novak explica no documentário, ‘Você atrai o que transmite’, a lei da atração depende do Flash da Força. O pensar positivamente é apenas um igrediente de uma receita maior.
O flash da força se baseia em três forças. Pensar, Sentir e Agir, todas direcionadas para uma mesma direção. Vamos exemplificar com uma situação comum: imagine que você está no ponto de ónibus sem direção certa. Neste caso qualquer ónibus serve. Passou, pegou e depois vê onde chegou. Outra situação mais corriqueira é saber onde quer chegar mas não saber o ónibus. Pode ser que você acerte ou erre. Dependerá de uma incrivel atenção nas placas que passam rapidamente na frente de teus olhos. Irá demorar. Imagine agora uma outra situação, você está no ponto, sabe o ónibus que irá subir e só de imaginar que chegará ao destino se enche de alegria (necessário o destino ser algum lugar que queria chegar). Provavelmente chegará mais rapido e satisfeito ao destino.
Na vida é assim. Primeiro pense sobre o que quer e o que deseja. O que seria agradável fazer? O que seria confortável viver? Que experiências quer vivenciar? Todas estas questões começam a traçar uma direção. Com a direção certa, é mais façil descobrir como chegar até lá da maneira mais eficiente e agradável. Depois de todos os dados nas mãos, vá até o ponto de ónibus. Acredite, o ónibus não passará pela tua sala de estar. Mesmo com a direção e o destino traçados falta o igrediente final: a ação.
Aja como se não pudesse falhar. Anthony Robbins, em seu livro Poder sem Limites, pergunta aos leitores: O que você faria agora se soubesse que não falharia? O lado emocional é decisivo no momento de ação. Acredite e aja. Há um artigo, na revista Vida Simples deste mês, chamado: o poder do pensamento negativo. A reportagem considera que, muitas vezes por achar que poderemos falhar nos preparamos melhor para a vida, do que aqueles que simplismente acreditam que irá dar certo. Saliento aqui novamente minha impressão sobre a Lei da Atração, em nenhum momento é dito acredite e acontecerá. Em nenhum momento o positivo mora na negligência dos problemas e dificuldades. O positivismo é uma atitude, uma forma de ser e agir no mundo. Não há desleicho pelo contrário, a busca é por exelência. O ponto que distingue uma visão da outra é: a lei da atração acredita que a excelência externa é um reflexo da excelência interna, dos recursos e ferramentas que são absorvidos e apreendidos a cada dia. Ao contrário diz a reportagem: prepare-se bem é porque você pode falhar, pode cair e pode se machucar. Uma é uma corrida para o pote de ouro e a segunda é uma corrida de fuga contra bichos famintos. Prefiro correr alegremente sabendo que na minha frente mora um pote de ouro. E vc, prefere que tipo de corrida?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Indicação de Leitura:A Cabana

O que torna a vida especial?
O que torna os relacionamentos harmoniosos?
Com certeza, na essência da vida, o poder, o dinheiro e o sucesso
não se fazem presente.
Todas as regras de conduta, as normas, os padrões religiosos, morais
e culturais, que diferencia povos e regióes, parecem nos afastar do amago de nosso ser.
São importantes e necessários (será?) para o sucesso no Mundo dos Homens.
Mas será que este é realmente o Mundo dos Homens?
O livro 'A Cabana' de William P. Young explora a verdade do mundo.
Como Rousseau já havia dito:
" A falsidade tem uma infinidade de combinações,
mas a verdade só tem um modo de ser."
Nesta infinidade de ilusões, desejos e poderes,
mora uma verdade única a todos!
Independente de sexo, raça, idade, cultura, padrão social,
existe algo que pertence e existe em todos.
No silêncio, muitas vezes na dor ou no auge da felicidade simples do dia a dia,
esta voz que susurra, que bate ritmicamente dentro de nós fala mais alto.
A Voz do Coração!
( pode soar piegas)
No momento que nos voltamos para o Nosso Velho e Bom Coração,
percebemos mais que as diversidades do mundo e as diferenças entre as pessoas.
Percebemos as Similaridades!
Neste momento não nos encontramos mais sozinhos.
Somos parte de um Todo, maior, bem maior do que nossas pequeninas diferenças...
Indico a leitura deste livro: ' A Cabana'

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Self-Prophecy Effect

Self Prophecy Effect

A repressão acontece em diferentes níveis quando somos crianças. Há um fenômeno chamado “Self-prophecy effect” que revela que predizer que alguém irá ter um comportamento X aumenta a chance delas se comportarem desta forma. Assim sendo, é possível controlar o comportamento de uma pessoa só pelo fato de predizer que ela terá este tipo de comportamento. Quanto maior for a força deste pensamento mais efeito terá. Desta forma comportamentos aceitos socialmente, conceitos religiosos e culturais são passados de geração em geração. Pare um instante para pensar.
Quais foram as frases que mais escutou quando pequeno? O que era permitido e o que não era? Em casa, quais eram os valores de seus pais? Na escola quais eram as autoridades e regras? Veja o quanto disto ainda carrega dentro de si. Que por vezes limita a capacidade de criação. Criar pode ser perigoso. Experimentar pode trazer dor. Prazer não leva a nada. Só o sacrifício é valorizado. Dinheiro se ganha suado. A vida não é fácil. Cuidado com os homens. Não se deve acreditar nas mulheres. E muitos conceitos diferentes, que podem agora dificultar a liberação das verdades internas. Principalmente aqueles que fazem parte de um grupo religioso, que carrega dentro de si tantos dogmas e conceitos duais, em que o mundo é visto como: bom/ mau e certo/errado. Aqueles que vêm de famílias mais rígidas e autoritárias, famílias intelectuais e frias.
Ou seja, nascemos dentro de um invólucro de crenças e desejos dos pais, avós e culturais. O que é a educação além do ensino de regras e conceitos?
Encontrei dois breves resumos na Internet que falam mais sobre isto.



1) The importance of normative beliefs to the self-prophecy effect.
Sprott DE, Spangenberg ER, Fisher R.
Department of Marketing, College of Business and Economics, Washington State University, Pullman 99164-4730, USA. dsprott@wsu.edu
Asking people to predict whether they will undertake a target behavior increases their probability of performing that behavior. Now referred to as the self-prophecy effect, this phenomenon has been demonstrated across several contexts. Although theoretical explanations for the effect have been offered, empirical evidence for proposed accounts is sparse. The current research tests the theoretically relevant precondition for the effect that normative beliefs--evaluations of what is socially desirable or appropriate--underlie manifestation of the self-prophecy effect. Results of 2 experiments for different behaviors indicate that the act of making a prediction is most effective when normative beliefs are strong. Implications of these findings are discussed in relation to theoretical explanations for the effect and successful use of self-prophecy to promote socially desirable behaviors.
PMID: 12814292 [PubMed - indexed for MEDLINE]
2)Self-Fulfilling Prophecy

Explanations > Theories > Self-Fulfilling Prophecy
Description Research Example So What? See also References

Description
If a person thinks we are clever or stupid or whatever, they will treat us that way. If we are treated as if we are clever, stupid or whatever, we will act, and even become, this way. The person has thus had their prophecy about us fulfilled!
This is also known as the Pygmalion Effect.
Research
Robert Rosenthal and Lenore Jacobson, in 1968, gave all the children in an elementary class a test and told teachers that some of children were unusually clever (though they were actually average). They came back at the end of the school year and tested the same class again. Guess what? The children singled out had improved their scores far more than other children. (Rosenthal 1995).
Example
A management consultant starts off an engagement constantly agreeing with a senior manager in an attempt to build trust. Before long, the senior manager is expecting agreement every time. The consultant soon becomes a confirmed yes-man.
So what?
Using it
To make a person act in a certain way, all you have to do is believe this when you interact with them. If you find it hard to make this jump, persuade others that the target person has desired attributes.
Defending
When people treat you as if you had certain attributes, decide whether this is desirable or not. Question their behavior if you do not wish to be pushed in this direction.
See also
Attribution Theory, Confirmation Bias, Mood-Congruent Judgment, Self-Verification Theory
References
Merton (1948), Rosenthal (1995)


http://changingminds.org/explanations/theories/self-fulfilling_prophecy.htm